terça-feira, janeiro 08, 2008

Matança do Reco

Mais uma vez comprovei a minha total inaptidão para as artes barrosãs, em mais uma tentativa ridícula de me aproximar das minhas "raízes".
Para além de ter sido desclassificado à partida da prova de galhardia e coragem que é agarrar o bicho, ainda me delegaram a humilhante tarefa de segurar na bacia do sangue enquanto o matador espetava a faca.
A coisa correu tão bem que o reco deu uma patada no raio da bacia tendo a mesma ido aninhar-se caprichosamente na cabeça do meu pai, cobrindo-o de sangue da cabeça aos pés.
(Nem os irmãos Marx fariam melhor)
Há fotografias que o comprovam, isto se o sangue não tiver dado cabo da máquina ou do filme.
Para além disso acumularam-se as mazelas dos participantes, que foram desde as costas empenadas, um joelho estriquinado, um dedo cortado e dois egos gravemente feridos.

Acho que no final, feitas as contas, os porcos foram os que menos sofreram!

1 comentário:

Anónimo disse...

As matanças estão mesmo na moda!
Nunca os recos tiveram tanta publicidade e tantas atenções!
Será das tão recentes/famosas e descaracterizadoras feiras do fumeiro?! À partida, foram essas que já anunciaram a matança das matanças. E tu, ao fim de tantos anos de barrosão, só agora é que te tornas-te participante da matança do reco?
Pois, às vezes, para se saber saborear bem os rogões e o sarrabulho, convém sentir primeiro as voltas que as coisas dão...
Assim, já sabes que as chouriças não vêm apenas da Nobre, do lareiro ou da arca congeladora...