segunda-feira, setembro 19, 2005

Transportugal, a farsa

Participei este fim-de-semana no famoso raide Transportugal, que por acaso se realizou nas belas serranias carbonizadas à volta da minha terra.
Uma coisa em grande, sob o patrocínio das melhores empresas do país, cobertura jornalística, organização do mítico José Megre esse percursor do todo-o-terreno em Portugal, com participações honrosas no Paris-Dakar, nos idos anos oitenta, ao volante dos velhinhos UMM (União Metalo Mecânica).
Há que assinalar, que para este senhores o conceito da travessia de Portugal, como o nome sugere, não passa por cruzar o país de Norte para Sul ou de Leste para Oeste, mas sim por uma viagem entre Vilarinho Seco e as Alturas do Barroso (É o que se chama reduzir o percurso ao essencial...).
Na organização, o Megre aparece-me de calcinha branca vincada e sapatinho de verniz.
Depois, os participantes metiam dó!
Estes artistas, a maior parte deles oriundos da Capital do Império equipados com equipamentos GPS, calçãozinho da moda "Coronel Tapioca" e lencinho de pescoço para as tempestades de areia, protegeram os seus bólides com plásticos autocolantes para não riscar os pópós. Sim, porque eles são radicais, mas todo-terreno é como o sexo, sempre seguro, portanto há que enfiar o preservativo no carrinho...
Para compor o ramalhete, os comes e bebes, indiscutivelmente a parte mais decisiva da prova, deixou também muito a desejar.
O almoço nas Caves de Murça foi indiscritível. Apresentaram um arrozinho de carne com propriedades semelhante às da argamassa e ao jantar o Ti Faustino, ofereceu-nos aquela pomada que ele faz sem necessitar de uvas, em que é preciso torcer uma orelha para conseguir sorver esse delicioso nectar.
Qual Megre, qual Trransportugal qual que!
O Clube Aventura de Boticas e o raide da carne Barrosã dão 1000 a 0 a estes coneirões...

3 comentários:

jcb disse...

Bem, isso não me Odemira... Já estou a ver: eles no Barroso devem ter só tido falta dos camelos - ou nem isso, se estavam bem representados.

Anónimo disse...

Eu tambem sou daqueles que usa os mesmos sapatos, tanto para regar a horta como para ir a casamentos, e o Megre, e ca dos meus! Para um gajo ir ai para uns estradoes andar de jipe, onde nunca se atola, e nao tem que empurrar ao jipe, uns sapatos de verniz e uma Renault 4, fazem o mesmo efeito! Se um gajo pode por uns plasticos, e poupa uma pintura nova, porque nao? Vamo-nos armar em burros? O lenco, da sempre jeito, nem que seja para limpar os moncos, e agora, ate ja o Sebou anda de calcao com bolsinhos!
Viva a quecada!
luis

Anónimo disse...

Desculpe!!!Mas qual é a diferença entre os que se armam em radicais no todo terreno e os do canyoning!
Será que é porque desfrutam da natureza dentro dos seus "pópós", em vez de ser dentro de um fato de mergulho...
E qual a diferença entre o sapatinho de verniz do Megre e a botinha xpto dos senhores do canyoning???
Não me fodas com estas tretas...