sexta-feira, setembro 23, 2005

Cereja erótica

Balofas carnes de
balofas tetas
caem aos montões
em duas mamas pretas
chocalhos velhos a
bater na pança
e a puta dança.

Flácidas bimbas sem
expressão nem graça
restos mortais de uma
cusada escassa
a quem do cu só lhe
ficou cagança
e a puta dança.

A ver se caça com
disfarce um chato
coça na cona e vai
rompendo o fato
até que o chato
de morder se cansa
e a puta dança.

António Botto

5 comentários:

Isabela Figueiredo disse...

Eu gosto do Botto, mas não lhe conhecia esta obra de arte sobre "flácidas bimbas" que, no caso dele, compreendo que fossem todas as que tivessem "cona". Por acaso devo dizer-te que me chateou bestialmente ler isto, e que neste momento, se apanhasse o Botto a jeito, só não lhe ia ao cu porque o gajo era capaz de gostar.
Peço desculpa pelo mau jeito do comentário, mas é a primeira reacção; se respirar umas 500 vezes isto passa-me.

Isabela Figueiredo disse...

Mas o poema é literariamente muito bom! É bom demais, até. Porque se não fosse bom, não me chateava nada. E contra isto, batatas.
Mas esta imagem da mulher da rua, como um objecto inútil de carne inútil, desprezível, asquerosa incomoda-me pela misogínia que também carrega. Porque isto não é mera observação do real. Nada em Botto era mera observação do real, embora partisse dele, como o Cesário. Tiraste o poema da net? Está em que obra? Onde o encontraste e qual é o título, caso o tenha? Podes dizer-me?

ladecima disse...

Tirei o poema da net (google!) mas está numa antologia de poesia erotico-satírica.
Não me lembro do título mas acho que é "Balofas carnes de balofas tetas"

Anónimo disse...

Chavalo, ha 10 dias que nao ha postas! Bota la umas carabunhas!
luis

Anónimo disse...

http://alojadosciganos.blogspot.com

luis