Balofas carnes de
balofas tetas
caem aos montões
em duas mamas pretas
chocalhos velhos a
bater na pança
e a puta dança.
Flácidas bimbas sem
expressão nem graça
restos mortais de uma
cusada escassa
a quem do cu só lhe
ficou cagança
e a puta dança.
A ver se caça com
disfarce um chato
coça na cona e vai
rompendo o fato
até que o chato
de morder se cansa
e a puta dança.
António Botto
5 comentários:
Eu gosto do Botto, mas não lhe conhecia esta obra de arte sobre "flácidas bimbas" que, no caso dele, compreendo que fossem todas as que tivessem "cona". Por acaso devo dizer-te que me chateou bestialmente ler isto, e que neste momento, se apanhasse o Botto a jeito, só não lhe ia ao cu porque o gajo era capaz de gostar.
Peço desculpa pelo mau jeito do comentário, mas é a primeira reacção; se respirar umas 500 vezes isto passa-me.
Mas o poema é literariamente muito bom! É bom demais, até. Porque se não fosse bom, não me chateava nada. E contra isto, batatas.
Mas esta imagem da mulher da rua, como um objecto inútil de carne inútil, desprezível, asquerosa incomoda-me pela misogínia que também carrega. Porque isto não é mera observação do real. Nada em Botto era mera observação do real, embora partisse dele, como o Cesário. Tiraste o poema da net? Está em que obra? Onde o encontraste e qual é o título, caso o tenha? Podes dizer-me?
Tirei o poema da net (google!) mas está numa antologia de poesia erotico-satírica.
Não me lembro do título mas acho que é "Balofas carnes de balofas tetas"
Chavalo, ha 10 dias que nao ha postas! Bota la umas carabunhas!
luis
http://alojadosciganos.blogspot.com
luis
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