quarta-feira, abril 18, 2007

Sul

O Tejo segue sereno, ao longo dos esteiros e dos apeadeiros abandonados da velha linha.
Para lá começa outro mundo, a imensa superfície verdejante e ondulante do além Tejo.
O Sul faz real sentido aqui.
Só se viaja verdadeiramente para Sul.
O comboio segue para Norte, indiferente às minhas divagações, demorando as três imutáveis horas de há 40 anos, como se as duas cidades teimassem em não se aproximar.

Quando o tempo deixar de fazer parte da viagem, deixaremos de viajar.
O desencantamento provém da facilidade.

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